terça-feira, 15 de agosto de 2023

Aeroporto Internacional Tom Jobim (Rio de Janeiro)

 Fundação: 01 de Fevereiro de 1952

Código ICAO: SBGL

Código IATA: GIG

Comprimento das Pistas: 4,2 km e 3,1 km

Capacidade de Passageiros por Ano: 30 milhões 

Movimento de Passageiros por Ano: 17 milhões 

Distância da Cidade: 12 km

História 

Origens 


O atual Aeroporto Internacional Tom Jobim tem suas origens na década de 1920 com advento das operações militares. Em 10 de maio de 1923, o Governo Federal desapropriou terrenos na Ilha do Governador para a construção do Centro de Aviação Naval do Rio de Janeiro. Já no ano seguinte a Escola de Aviação Naval, que funcionava desde 1916 no antigo Arsenal de Marinha, no Rio de Janeiro, foi transferida para a ponta do Galeão. O local sediou a Base de Aviação naval até 1941, quando recebeu a denominação de Base Aérea do Galeão, que funciona até hoje no local. Ali ainda surgiram hangares, oficinas, quartéis, alojamentos, além da primeira Fábrica Nacional de Aviões, que produziu em série o primeiro modelo brasileiro, os Muniz 5, 7 e 9. Ainda no Galeão, outras indústrias aeronáuticas produziam, sob contrato com entidades estrangeiras como a Fokker holandesa e a Focke-Wulf alemã, aviões para aviação civil e militar. Também do Galeão saíram os primeiros Correios Aéreos Navais, em 1935.

Os antigos Hidroaviões de companhias como a Pan American e a Condor estavam sendo substituídos nas rotas internacionais por aviões maiores, dotados de rodas, que precisavam de pistas em terra para pouso e decolagem. Com isso, em 1945, o Aeroporto do Galeão recebeu oficialmente a categoria de aeroporto internacional, com o objetivo de atender os novos aviões. Os antigos Sikorsky ou Junkers J-52, entre outros, cederam lugar aos Douglas DC-3 e DC –4 e L-1049 Constelations da Lockheed.

Contudo, o aeroporto não possuía ainda sequer uma estação de passageiros, já que até então o local só tinha finalidade industrial e militar. Então, naquela época o acesso ao aeroporto era feito através de lancha pela Baía de Guanabara, desde a estação de hidroaviões, que funcionava ao lado do Aeroporto Santos Dumont, até a ponte de desembarque do Galeão, de onde os passageiros seguiam até a aeronave em ônibus.

Inauguração e Administração 

Diante da precariedade do embarque e desembarque no aeroporto, em 1946, foi feita a escolha de um local para a instalação da estação de passageiros. Então, em 1 de fevereiro de 1952 foi oficialmente inaugurado o Aeroporto do Galeão com o início do funcionamento do terminal de passageiros, atual TPS-5, onde hoje funcionam escritórios de companhias cargueiras. Esse terminal passou por diversas ampliações ao longo dos anos até ser substituído pelo atual Terminal 1, que agregou o que de mais atual havia na época de sua inauguração, em 20 de janeiro de 1977.

Em virtude do crescimento da demanda de voos internacionais, em 1967 o Ministério da Aeronáutica criou a Comissão Coordenadora do Projeto do Aeroporto Internacional (CCPAI), com a incumbência de coordenar o projeto e a construção do aeroporto internacional principal do Brasil. Este projeto teve o objetivo de desenvolver o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, e o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Em 1970, foi instituída a Aeroportos do Rio de Janeiro S.A. (ARSA), uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério da Aeronáutica para administração do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, em conformidade com o CCPAI.Já em 1972, foi criada a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária(INFRAERO), na forma de empresa pública, também vinculada ao Ministério da Aeronáutica, que veio a ser a nova administradora do aeroporto a partir de 1987 com a incorporação da ARSA.

Em 1991, se preparando para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco-92, na cidade do Rio de Janeiro, o Terminal 1 passou por reformas e teve sua capacidade ampliada para sete milhões de passageiros ao ano. Já no ano seguinte, em 1992, foi iniciada a construção do Terminal 2. Esse novo terminal foi inaugurado em 20 de julho 1999 como um dos mais modernos da América Latina, com capacidade de atender a oito milhões de passageiros ao ano, mais que duplicando a capacidade do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.


Crescimento das operações


Em meados da década de 2000, o Aeroporto do Galeão operava com uma demanda deficitária de 10 milhões de passageiros por ano, enquanto o Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade do Rio de Janeiro, operava com excesso de passageiros, com 3 milhões de usuários além da sua capacidade. Com isso, em 29 de agosto de 2004, foram transferidos todos os voos, com exceção da Ponte aérea Rio-São Paulo e voos regionais, do Aeroporto Santos-Dumont para o Galeão, com o objetivo de proporcionar maior conforto aos passageiros. O Santos-Dumont, com capacidade para 2 milhões de passageiros por ano, atendia a aproximadamente 5,3 milhões, sendo que o Galeão, possuindo uma capacidade de até 15 milhões, atendia a uma demanda de apenas 5 milhões de passageiros por ano.

Desde o fim de 2004 o Aeroporto do Rio de Janeiro vem recuperando gradualmente sua importância no cenário nacional com a volta dos voos domésticos e de alguns voos internacionais como o Rio-Atlanta (Delta), Rio-Porto (TAP), Rio-Santiago (LAN) e o incremento nas operações com o início de voos para o Panamá (Copa).Além disso, atraiu uma nova companhia aérea, a Webjet, que vem crescendo pouco a pouco no mercado doméstico, mantendo como principal base o Galeão.


Em 2007, o aeroporto ganhou mais voos internacionais para Madri (Air Europa, que após um ano foi cancelado) e mais operações para Paris, com mais dois voos diários por parte da TAM e da Air France. Por conta de um acidente ocorrido no Aeroporto de Congonhas com um jato Airbus A320 da empresa TAM, houve por parte do governo a aplicação de severas restrições naquele aeroporto, ocasionando entre outros o fim das conexões. Com isso, parte do movimento do Aeroporto Santos Dumont, que dependia de conexões em Congonhas, passou a ser atendido pelas companhias aéreas com mais voos diretos partindo do Galeão. Houve forte incremento no número de voos para cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Campinas, Salvador e Recife, e a criação de voos para destinos até então não atendidos sem escala, como Manaus. Com isso, a movimentação mensal passou de 770 mil para 1 milhão de passageiros uma vez que o Galeão passou a ser uma melhor opção também para passageiros em conexão.

Em 2008 foram inaugurados voos sem escalas da British Airways para Londres (LHR), da Taca para Lima, da TAM para as cidades de Nova Iorque (JFK) e Miami, e da PLUNA rumo a Montevidéu, e em 2009 a US Airways começou a operar um voo diário para Charlotte, na Carolina do Norte, sendo o Aeroporto do Galeão o primeiro destino da empresa americana na América do Sul.

Em 2010 o aeroporto ganha novos voos internacionais da TAM para Frankfurt, Paris e Londres inicialmente com três voos semanais cada, passaram a ser diários para a Alemanha e seis vezes por semana para Inglaterra, além de uma frequência para Santiago. A American Airlines começa a voar três vezes por semana para Dallas e diário direto para Nova Iorque. Nos voos nacionais a Avianca Brasil começa operações no aeroporto para São Paulo e Brasília.

Em 2011, o aeroporto ganha diversas frequências e companhias, algumas rotas novas como o voo charter para a Rússia com a Transaero, alguns incrementos de frequências como a segunda frequência diária da Copa Airlines e o aumento de três para seis voos semanais da British Airways para Londres e uma frequência diária nonstop para Santiago pela LAN Airlines(Além da outra com escala em São Paulo), e o retorno de diversas companhias que no passado já operaram no galeão como a Avianca colombiana com três voos semanais para Bogotá voos para Roma com a Alitalia, que começou apenas com três semanais e já conta com cinco frequências semanais, o retorno da Lufhtansa com cinco voos semanais para Frankfurt, a holandesa KLM com três voos semanais para Amesterdão. Algumas companhias aéreas brasileiras deram ainda mais importância para o aeroporto como a Azul linhas aéreas que começou as operações com voos para Campinas e já possui mais de oito frequências diárias além de voos diretos para Belo Horizonte, Vitória e João Pessoa.[carece de fontes] A antiga Webjet também iniciou diversas operações como Ribeirão Preto, Florianópolis e Recife.[carece de fontes] A Passaredo Linhas Aéreas transferiu suas operações do Aeroporto Santos Dumont para o Galeão no dia 1 de dezembro de 2011.

Ainda em 2011, devido a crise europeia, a TAM reduziu sua malha para o continente saindo do aeroporto, colocando quatro voos semanais para Frankfurt, três para Londres e seis para Paris. A Taag reduziu de quatro para três e depois para duas suas operações semanais no aeroporto, e a American de sete para cinco semanais a frequência para Nova Iorque.

Em 2012 deu-se início dos voos para Buenos Aires e Dubai diários com a Emirates e a alemã Condor que surgirá como novidade para a rota Galeão - Frankfurt, a partir de 3 de novembro. Nos voos nacionais, pode-se destacar o incremento de voos da Azul e da Avianca para novos destinos nacionais. Já no final de 2012, a Gol inicia seus voos para República Dominicana e com escala até Miami e Orlando. A TAM inicia seu voo direto do Rio de Janeiro para Orlando mas devido a redução do número de aeronaves pediu o cancelamento do voo.

A saturação de outros importantes aeroportos do Brasil, associado ao crescimento do mercado de óleo e gás e grandes eventos internacionais, como os Jogos Pan-Americanos de 2007, a Copa do Mundo FIFA de 2014 e as Jogos Olímpicos de Verão de 2016, levaram o aeroporto a saltar de quarta para segundo mais movimentado do país em apenas um ano. Entre 2011 e 2012 houve um importante incremento de rotas internacionais e, principalmente, redirecionamento de rotas domesticas, implicando num crescimento na casa dos 20% na movimentação de passageiros.[carece de fontes]

Em janeiro de 2012 o aeroporto tornou-se o segundo aeroporto do Brasil em número de passageiros, ultrapassando o Aeroporto Internacional de Brasília (1 361 191 passageiros) e o Aeroporto de Congonhas (1 316 550 passageiros), registrando a marca de 1 629 690 passageiros, uma alta de 23% em relação ao mesmo período de 2011.

Em 2 de abril de 2014 marcou o início da transição da operação no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, da empresa pública Infraero para a concessionária RIOgaleão. Após a assinatura do contrato da concessão, aconteceu o estágio de preparação, entre os meses de maio a junho de 2014, ocorrendo a entrega e aprovação do plano de transferência operacional do Aeroporto à ANAC. A etapa seguinte da transição se deu em junho e julho, quando a Infraero continuou a executar todas as suas atividades, mas sendo assistida pelo RIOgaleão, que assumiu a operação em agosto de 2014. Em agosto de 2014 as atividades de operação, manutenção e ampliação foram transferidas da Infraero para o RIOgaleão, que investirá cerca de R$ 5 bilhões em obras de infraestrutura e melhorias nos serviços do aeroporto ao longo dos 25 anos de concessão, dos quais R$ 2 bilhões deveriam ser investidos até os Jogos Olímpicos de 2016.

Em 2015, ganhou duas frequências semanais da Condor para Frankfurt, além de uma nova empresa aérea sediada no Tom Jobim, a Flyways. A Qatar Airways anunciou que num futuro próximo pode passar a operar voos para Doha. Nesse mesmo ano o aeroporto foi o primeiro do país e da América Latina a poder receber aeronaves Airbus A380, após o aeroporto cumprir todos os requisitos necessários para a recepção e operação segura dessas aeronaves, em conformidade com a legislação aplicável e com os procedimentos aceitos pela ANAC.

Em 2016, passou a receber dois voos semanais da Edelweiss Air para Zurich, e quatro voos semanais da Royal Air Maroc para Casablanca com extensão para Guarulhos. Possivelmente a Alas Uruguay passará a operar voos entre Montevidéu e o Tom Jobim.

O dia 22 de agosto de 2016, um dia depois do encerramento dos Jogos Olímpicos Rio2016, foi o de maior movimento da história do aeroporto, com a visita do Boeing 747-400 da Qantas, British Airways e United, com o Boeing 777-300ER da Aeroflot, All Nippon Airways, Japan Airlines, KLM, Korean Air e Swiss, com o Airbus A330-200 da Turkish e Aeroflot, com o Airbus A380 da Air France, Airbus A340-500 da Azerbaijan Airlines, e outras empresas do mundo inteiro, levando as delegações olímpicas.

A Avianca Colombia trocou o Airbus A319 pelo Airbus A330-200 na rota para Bogotá. A LATAM Brasil anunciou a troca de Nova York por Orlando a partir de julho, com o Boeing 767-300ER. A Delta Airlines anunciou voos para Nova York a partir de 21 de dezembro com o Boeing 767-300ER. A Amazonas Paraguay anunciou novos voos para Assunção a partir de 29 de novembro. LOT Polish anunciou voos de alta temporada a partir de Varsóvia. Air Europa anunciou o Rio de Janeiro como escala do futuro voo entre Madrid e Puerto Iguazú, Argentina. A British Airways anunciou a troca do Boeing 777-200ER para o Boeing 787-9 nos voos partindo de Londres, a partir de 29 de outubro. A Alitalia aumentou para 7 frequências semanais nos voos a partir de Roma, no dia 29 de outubro. LATAM Peru lançou voos partindo de Lima a partir do dia 31 de outubro, a bordo do Airbus A319. Em dezembro de 2019, a Azul começou o voo triangular Galeão - Macaé - Campos dos Goytacazes operado pelo ATR 72-600.

Perda de movimento


O Aeroporto do Galeão vem perdendo passageiros e voos desde 2015, todos os anos seguidamente. Vários voos foram transferidos para São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Campinas e Fortaleza. Nem mesmo as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 serviram para estancar este processo de perda de importância.

Cerca de 25% dos voos com destino ao Galeão foram cancelados entre 2015 e 2019. Dentre as muitas rotas canceladas, estão Nova Iorque e Luanda.

Atualmente, o Aeroporto do Galeão é apenas o 5º mais importante do Brasil, atrás dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas em São Paulo, do Aeroporto de Brasília e do Aeroporto de Belo Horizonte.

Shopping

Os empreendedores do aeroporto tentam adaptar parte do aeroporto do Galeão como shopping o Shop&Go, uma tentativa para salvar seus investimentos. Dentre as iniciativas estão ônibus grátis para quem for almoçar durante a semana no Galeão, além de estacionamento grátis aos finais de semana para quem consumir R$ 80,00.



Destinos:



Atlanta: Delta

Amsterdã: KLM

Aracaju: Gol

Assunção: Paranair

Belém: Gol

Bogotá: Avianca

Brasília: Gol e Latam

Buenos Aires (Aeroparque): Aerolineas Argentinas, Gol e Latam

Buenos Aires (Ezeiza): Aerolineas Argentinas, British Airlines, Emirates, Flybond, Gol, JetSmart e Latam

Campina Grande: Azul

Campinas (Viracopos): Azul e Gol

Caxias do Sul: Gol e Latam

Cidade do Panamá: Copa Airlines 

Córdoba: Aerolineas Argentinas e Gol

Curitiba: Gol

Dubai: Emirates

Florianópolis: Gol

Fortaleza: Gol e Latam

Foz do Iguaçu: Gol e Latam

Frankfurt: Lufthansa

Goiânia: Gol

Houston: United

João Pessoa: Gol

Lima: Latam

Lisboa: TAP

Londres: British Airlines 

Madri: Iberia

Manaus: Gol e Latam

Maceió: Azul e Gol

Mendoza: Aerolineas Argentinas

Miami: American

Montevidéu: Gol e JetSmart

Munique: Lufthansa

Natal: Gol

Navegantes: Gol

Nova Iorque: American e Delta

Paris: AIr France 

Porto: TAP

Porto Seguro: Gol e Latam

Recife: Azul e Gol

Roma: Ita Airways

Rosário: Gol

Salvador: Azul e Gol

Santiago: JetSmart, Latam e SkyAirlines 

São Paulo (Guarulhos): Gol e Latam

São Paulo (Congonhas): Gol