Fundação: 1925
Código ICAO: SBSV
Código IATA: SSA
Comprimento das pistas: 3 km e 1,52 km
Capacidade de Passageiros por ano: 10,5 milhões
Capacidade de Passageiros por ano: 7 milhões
Distância da Cidade: 21 km
História
Em 1925, ainda quando Lauro de Freitas era o distrito de Santo Amaro de Ipitanga, do município de Salvador, a empresa francesa Compagnie Génerale d'Entreprise Aéronautique Latécoère, construiu um campo de pouso próximo do local do atual aeroporto. Daí, seu nome era "Santo Amaro do Ipitanga". Na época, a Latécoère operava uma linha entre Buenos Aires e Toulouse, na França.Em 1933, a Latécoère fundiu-se com outras empresas para formar a Air France.
Posteriormente, esse campo de pouso de Ipitanga passou a ser usado também pela companhia Aeropostal.
Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, os franceses deixaram as instalações. Em 1941, o aeroporto foi reconstruído pela Panair do Brasil (por "necessidades de guerra", como declararam os governos dos Estados Unidos e do Brasil), com duas pistas, para dar apoio aos aliados. Após a Guerra, as pistas passaram ao controle do Ministério da Aeronáutica, hoje, é parte da Base Aérea de Salvador. Alguns serviços continuaram com a Panair do Brasil.
Em 1949, o Aeródromo de Santo Amaro do Ipitanga foi reestruturado para permitir a crescente movimentação de passageiros e cargas.Em 1955, passou a se chamar Aeroporto Dois de Julho, em homenagem à independência da província da Bahia e à consolidação da independência do Brasil. Recebeu o código aeroportuário IATA SSA (de São Salvador, antigo nome da cidade).Nos anos seguintes, outras ampliações e reformas foram executadas. Em 1984, o antigo terminal de passageiros foi demolido, dando lugar a um outro maior e mais moderno.
Em 1998, passou a se chamar Aeroporto Internacional de Salvador – Deputado Luís Eduardo Magalhães, após a morte do ex-presidente da Câmara Luis Eduardo Magalhães, vítima de ataque cardíaco, congressistas resolveram homenagear o filho do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, então poderoso articulador político de Fernando Henrique Cardoso no Congresso. No entanto, uma boa parte dos habitantes de Salvador continua a chamá-lo ou conhece por "2 de Julho", data mais importante da história da Bahia e comemorada em desfile cívico no centro de Salvador. A mudança polêmica do nome do aeroporto para "Deputado Luís Eduardo Magalhães" causou revolta em parte do povo baiano, especialmente naqueles contrários ao carlismo, pois esta era uma homenagem post-mortem ao filho deste.
Dentre as manifestações contrárias à mudança de nome, há a presença da ala "Aeroporto é 2 de Julho" nas principais comemorações cívicas da cidade, como o desfile do 2 de Julho, o Grito dos Excluídos no 7 de setembro e o bloco Mudança do Garcia no carnaval da cidade, que faz críticas bem humoradas de acontecimentos sociais, políticos e econômicos. Desde então, entraram em pauta projetos de lei em favor da mudança do nome para o "Dois de Julho", até hoje não definido.
Reformas
Em 1998, o terminal aeroviário passou por uma reforma de ampliação e modernização das suas instalações e acesso, iniciada com o sistema viário de acesso à primeira rótula, com 4,5 quilômetros e dividido em três faixas, desafogando o acesso ao terminal de passageiros, a Estrada do Coco, Linha Verde e adjacências, inaugurada em 1999.
Na segunda etapa, finalizada em 2000, o complexo aeroportuário foi contemplado com a ampliação da área de embarque e desembarque de passageiros, do pátio de estacionamento de aeronaves, da pista de taxiamento, e a construção do terminal de carga aérea, do finger com as 11 pontes de acesso às aeronaves e do edifício-garagem. A capacidade de passageiros foi ampliada de 1,5 milhão para até 5 milhões.
O aeroporto ganhou também uma praça de alimentação, com 12 lojas e 500 lugares, e o mirante. O sistema informativo de voo, os elevadores, as escadas rolantes e a central de ar-condicionado foram modernizados. A terceira etapa das obras compreendeu a ampliação norte do terminal de passageiros, que passou a abrigar uma área com os mais variados segmentos de compras, serviços e lazer.
No aeroporto foram investidos, na época, 238 milhões de reais (58% do governo federal e 42% do estadual), numa obra marcada por denúncias de irregularidades e desvio de recursos públicos. Os serviços foram concluídos exatamente em 2 de setembro de 2002 e a previsão era que a reforma atendesse às necessidades por um prazo de dez anos.
Em 2012, foi iniciada uma nova reforma no aeroporto, que contempla a construção de uma passarela interligando o piso superior do estacionamento de veículos do edifício garagem, direto ao terminal de embarque; à ampliação na capacidade de funcionamento, com obras nos pátios de manobras e estacionamento de aeronaves; construção da nova torre de controle (que é a segunda maior do Brasil, com 66 metros); a reforma e ampliação do terminal de passageiros; e a construção de um novo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador (DTCEA-SV).
Em 2013, a Infraero assinou um contrato de concessão para as obras de ampliação no estacionamento; o novo administrador do espaço deverá trabalhar na expansão e operação do espaço. O local ganhará mais 1.328 vagas, sendo 1.050 na ampliação do edifício-garagem, que será interligado ao terminal de passageiros. O restante estará localizado em um novo estacionamento para mensalistas.
Em 2014, o aeroporto passou por novas melhorias visando a Copa do Mundo, como a ampliação da área de embarque; uma nova área de check-in; e do terminal de passageiros que recebeu novas escadas rolantes, elevadores, esteiras de restituição de bagagens e 19 novos banheiros, que se somam as outras recebidas anteriormente.
Em 31 de maio de 2016, a nova torre de controle foi entregue para o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador (DTCEA-SV). O local tem equipamentos mais modernos e vai possibilitar melhor visualização das áreas de circulação de aeronaves, além do aprimoramento no controle do espaço aéreo na região.
Concessão à iniciativa privada
O aeroporto foi incluído no novo programa de concessões do governo federal em 9 de junho de 2015 como parte do plano de melhorar a infraestrutura do Brasil, assim como ocorreu em outros aeroportos do país. Os principais investimentos anunciados, na ordem de R$ 3 bilhões, entre outros foram: nova pista de pouso/decolagem, ampliação da área de pátio de aeronaves, ampliação do terminal de passageiros, estacionamento de veículos e terminal de cargas.
Em 11 de setembro de 2015, foi publicado o decreto que oficializa a inclusão do aeroporto no Plano Nacional de Desestatização, cabendo à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República que seja responsável pela condução e aprovação de estudos, projetos, levantamentos ou investigações que subsidiarão a modelagem da desestatização do aeroporto para o processo de privatização. O edital do aeroporto foi lançado em dezembro de 2016, com o leilão marcado para 16 de março de 2017 na B3. A oferta inicial da outorga (25% à vista sem considerar o ágio) para arrematá-lo foi estipulado em R$ 310 milhões. No leilão, a operadora francesa Vinci Airports (parte do Grupo Vinci) arrematou o aeroporto com lance mínimo de R$ 660 milhões, representando um ágio de 113% sobre o valor inicial estipulado.
O contrato de concessão à empresa francesa Vinci Aiports foi assinado em 28 de julho de 2017, sendo que num primeiro momento a administração foi realizada em conjunto com a Infraero.Em 2018, a empresa assumiu a administração sozinha e deu início às obras de modernização do aeroporto, com a retirada de 3 aeronaves modelo Boeing 737-200 da Vasp depositadas em abandono por 10 anos, em 23 de fevereiro e 28 de março, e reciclagem de materiais da SATA, Transbrasil e Infraero. A Vinci formou um consórcio com as construtoras portuguesas Teixeira Duarte e Alves Ribeiro e a Actemium que serão responsáveis pela reforma e expansão do atual terminal de passageiros, novo pier com 6 pontes de embarques, conector de interligação do terminal atual ao novo pier, sistemas de pistas e pátio de aeronaves e instalações elétricas, hidráulicas, rede de água fria, redes fluviais, construção de uma nova rede de tratamento de esgoto e segurança. Os investimentos nessa primeira fase (1B) são de R$ 700 milhões.
Destinos e Empresas Aéreas:
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Barreiras - Gol e Passaredo
Belo Horizonte (Confins) - Azul e Gol
Brasília - Azul, Gol e Latam
Buenos Aires (Aeroparque) - Aerolineas Argentinas e Gol
Buenos Aires (Ezeiza) - Aerolineas Argentinas e Gol
Cairu - Estelar
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